Hoje de janela de uma casa onde se viviam momentos de lazer e alegria, deparei-me com esta senhora.
Ficou ali algum tempo... Ou talvez apenas o necessário para me pôr a pensar o que estaria ali a fazer?
E isto deu lugar a um turbilhão de suposições.
Seria uma partida ou uma chegada? Uma infância lembrada, uma adolescência acarinhada e um casamento feliz? A pele branquinha e não queimada do sol, mostrou o cuidado de anos, e as rugas davam-lhe um ar feliz e num estranho paradoxo, talvez até mesmo jovial.
Suposições de vidas.
Umas conhecidas outras desconhecidas, algumas até de ocasião.
Quando o frio vindo da rua chegou aos que viviam os momentos de lazer, tive de fechar a janela. Juntei-me a eles, deixei as suposições irem com o vento e fiquei só desejando que um dia alguém suponha através das minhas rugas que fui muito feliz.
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