Winehouse

            Sendo o meu blog sobre tudo e nada leia-se (escrever/partilhar/publicar o que me aquece o coração) hoje quero escrever sobre isso mesmo; coisas do coração.

            A verdade é que nos sentimentos que todos nós julgamos capacitados de os explicar, demostramo-los de maneiras incompreensíveis, que uns e outros vão por aí julgando-as erradas. Mas este é o paradoxo: num mundo de humanos cheios de sentimentos tão adversos, tão sentidos, tão julgados, tão invisíveis… quem é quem para rotular uma maneira límpida de demonstrar seja o que for?
             Nas coisas do coração vê-se o amor no mais pequenino.
  Nas coisas do coração deseja-se o maior. 
Num encontro e desencontro de relação humanas, já de si tão complexas e tão iguais.
Cruzamo-nos com a ambiguidade de caminhos diferentes, onde só o amor nos faz encontrar o caminho certo, ou o errado, apenas aquele que nos leva ao encontro de caminhos juntos.
  O pai da tão fabulosa Amy Winehouse, revelou num documentário sobre a arte da filha que sabia o quanto o seu namorado -que tantos de nós julgamo-lo como o responsável pela sua destruição e na verdade até ele próprio- amava Amy. "Ele amava-a. E contra isto não há palavras que o ponham em causa. Esse amor destruiu-a, mas sei que a minha filha foi amada, muito, incondicionalmente."

É isto a que me refiro: ao amor sem forma, que nos arranha a alma e nos aquece o coração, mau e incondicional. Que pelo menos uma vez na nossa vida o devíamos beber, valorizar, agarrar com força, moldá-lo e faze-lo nosso, para sempre, dia sim, e desejar que no fundo ele faça assim parte da ordem natural das coisas.

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